Quais são os desafios do Pro Evolution Soccer para a nova geração de consoles





É, galera, novos Xbox e PS5 anunciados e todo essa papo de nova geração nos faz pensar nos desafios que a franquia Pro Evolution Soccer tem pela frente. Na matéria de hoje vamos tentar comentar os principais pontos que precisam ser evoluídos no PES, e sintam-se à vontade para opinar.

Correção de bugs da “Era Fox Engine” do Pro Evolution Soccer

Pra começo de conversa, na minha opinião a Konami precisa corrigir alguns dos graves erros de jogabilidade que estão presentes no PES nessa era Fox Engine (acho que muitos irão concordar comigo).
Se a Konami começar corrigindo e aperfeiçoando a troca de cursor, já será um enorme passo para começar a nova geração com o pé direito. Depois disso, acabar com os glitches onde o jogador foge da bola ou a deixa passar direto, que é algo que tira qualquer fã de PES do sério.
Outra coisa que é essencial para que o jogo mude de patamar é que o team ID seja recalibrado. Atualmente sentimos poucas mudanças de comportamento da CPU quando enfrentamos o Barcelona ou a Chapecoense.
Sim, eu sei que existem outros fatores que podem ser refinados no que tange à jogabilidade mas, na minha opinião, esses são os três principais quesitos.

Modo de edição mais robusto

Um dos fatores responsáveis pelo “boom” do Winning Eleven na era PS2, era o fato do jogo ser altamente editável. Para tentar reeditar esse sucesso, a Konami vai precisar deixar o PES muito mais editável do que é hoje, necessidade essa agravada pela supremacia da EA no quesito licenças.
Sabemos que, no mundo de hoje, desde campeonatos, clubes, jogadores, até placares e placas de publicidade, dependem de licenciamento. Entregar um jogo com todos os detalhes licenciados é uma tarefa quase impossível. Assim, a Konami precisa permitir que os fãs façam isso: voltar com o editor de estádios, permitir a edição de placas de publicidade, scoreboards, e tudo mais que não esteja devidamente licenciado.
Me arrisco a dizer que a sobrevivência da franquia passa por abrir totalmente as futuras edições do PES para edição.

Dar mais profundidade aos modos de jogo

A franquia Winning Eleven sempre foi famosa por entregar modos de jogo muito bem elaborados e imersivos, algo que arrisco dizer que se perdeu na Fox Engine. Um dos pontos mais negativos da franquia nessa atual geração é o esvaziamento de modos de jogo clássicos como a Master League e o BAL.
Embora a ML esteja sendo melhor tratada nas últimas versões, nem de longe ela se compara ao que chegou a ser no PES 2013. O Become a Legend está num estado ainda pior: foi completamente abandonado.
Sim, o mercado viveu um boom de modos online baseados em microtransações, mas abandonar completamente os modos de jogo que consagraram o PES/WE, para focar exclusivamente no myClub, foi um tremendo tiro no pé da Konami.
Falando especificamente do BAL, creio que ele será melhor explorado pela Konami na próxima geração, pois ele tem o potencial de ser transformado numa espécie de Pro Clubs, que é um modo do FIFA que vem dando muita grana para a EA.
Pra fechar, a Konami precisa inovar mais no myClub, dificultar o sorteio de jogadores top, deixar o modo mais imersivo e desafiador.

Usar melhorar as licenças que já estão no Pro Evolution Soccer

Um dos maiores problemas da franquia PES, atualmente, é não conseguir aproveitar tudo o que as suas licenças já adquiridas tem a oferecer. No PES 2019, parecia que isso seria superado com o anúncio das tais “Ligas Autênticas”, mas estamos esperando a sua chegada até hoje.
Ao conseguir a licença de uma liga, o mínimo que esperamos é um conjunto satisfatório de alegorias como scoreboards, adBoards, troféus, bolas, cenas personalizadas de entrada, transições de replay, e etc. Infelizmente, a Konami não entrega isso sempre e, quando entrega, demora demais a implementar.

Dar mais atenção à parte sonora do jogo

Uma das coisas mais belas no futebol é o som que emana das torcidas nas arquibancadas, e isso a Konami explora muito pouco. O som durante as partidas precisa ser mais “vivo”, mais audível e seguir as situações do jogo.
Para começar, pelo menos nos times parceiros a Konami deveria captar os gritos das torcidas que são de domínio público ou do próprio clube (não depende de licenciamento de terceiros), como hinos desses clubes e músicas mais antigas. Imaginem a torcida do Flamengo, Corinthians ou de outro clube parceiro, de repente, começar a cantar o hino a plenos pulmões quando o time precisa correr atrás do resultado?
Sim, precisamos de mais gritos, hinos, músicas, e que eles sejam bem equalizados e que sejam inseridos de acordo com a situação da partida. Atualmente a franquia PES explora muito pouco a parte sonora, que é um dos fatores que mais gera emoção aos fãs de futebol.
Ah, e pelo amor de Deus, Konami, deixe slots para que nós possamos personalizar os gritos das torcidas!!!! Sabemos que o Adam Bhatti acha que a edição “estraga” o trabalho dele mas, a partir do momento que compramos o jogo, ele é nosso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ambientação e regionalização nos estádios

Uma das coisas que mais leio nos comentários é a galera reclamando da falta de ambientação nos estádios. Isso causa, para muitos, a sensação de que estamos jogando sempre na mesma arena.
Bem, os estádios do PES já estão lá, totalmente modelados em 3d, essa era a parte difícil. Para dar mais destaque às individualidades de cada arena, basta a Konami criar novas tomadas de câmera em situações específicas do jogo, que peguem uma visão panorâmica do estádio.
Outra coisa que precisa ser feita é realçar ainda mais as diferenças dos gramados dos estádios presentes no game. As diferenças de corte de grama e cor são pouco perceptíveis, e isso tira um pouco da imersão no jogo.
Nas arquibancadas, as torcidas precisam ser melhor personalizadas como foi no PES 2014; não podemos ter torcedores de casaco e cachecol em pleno janeiro no Brasil.
Enfim, essa parte é diretamente ligada à falta de capricho e zelo com os mínimos detalhes que vejo atualmente na franquia. Saudades do Seabass.

Ser mais eficaz contra os trapaceiros online

Todos sabemos que a galinha de ovos de ouro da Konami é o myClub e suas coins. Assim, é inadmissível que os trapaceiros online consigam fazer o que querem nesse modo de jogo.
Atualmente, a Konami tem ciclos de punição, mas são necessários meios mais urgentes para se coibir a prática desonesta de algumas pessoas. Em primeiro lugar, a Konami precisa criar um canal direto e eficaz para denunciarmos as trapaças, de preferência que seja um canal dentro do próprio jogo. Atualmente temos que entrar no SAC da Konami, abrir um ticket maluco e rezar pra algo ser feito.
Se a Konami quer atrair mais jogadores para o myClub e aumentar o seu lucro, ela tem que ser ainda mais rigorosa com os derrubadores/trapaceiros.

Frescuras que o povo gosta de ver no Pro Evolution Soccer

A criatividade com que a equipe do Seabass (lendário produtor do PES) tocou o Winning Eleven sempre foi algo que cativou bastante os fãs. Por isso, seguem algumas frescuras que a Konami poderia trazer de volta ou inserir no jogo:
  • Trazer de volta o cara ou coroa antes das partidas;
  • Colocar crianças entrando com jogadores em campo;
  • Colocar o carrinho/maca retirando lesionados de campo;
  • Jogadores reais aquecendo na beira do gramado;
  • Jogadores aquecendo antes da partida;
  • jogadores e técnicos reais em torno do gramado e no banco de reservas;
  • Mascotes dos clubes parceiros animado a torcida;
  • Sala de troféus;
  • PESshop;
  • Etc
Essa lista não é definitiva, mas são as coisas que eu julguei serem primordiais para que o PES entre na próxima geração com o pé direito. Conto com os comentários de vocês, inclusive listando coisas que eu não tenha colocado.

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