Analise da demo de PES 2015 pelo site Omelete



Não é preciso mais que dez minutos de 
Pro Evolution Soccer 2015 para notar mudanças drásticas em relação ao game anterior. Disponível para jogar na E3 2014, o título parece esquecer a simulação e tenta resgatar o descompromisso que sempre o caracterizou. Ainda há pitadas de realismo, nos gráficos principalmente, mas não há como negar que a Konami decidiu buscar no passado uma solução para superar a concorrência.
Nos últimos anos, PES tentou copiar FIFA em diversos aspectos e em nenhum deles obteve sucesso. Tentar simular um jogo de futebol da maneira que a franquia da Eletronic Arts faz não é a área da Konami. Sempre que buscou diminuir a velocidade, aumentar a cadência e tornar seu jogo mais real, a empresa falhou. PES 2015 ainda tem resquícios dessa era, apesar de não prevalecerem. Os jogadores não são tão rápidos quanto deveriam, mas tem uma movimentação melhor, mais ágil. Ao lado de uma física de contato mais ajustada e com a bola mais leve, a experiência parece mais simples de ser aproveitada - os gols saem com mais facilidade, por exemplo.
Apesar dessas melhoras, outros aspectos continuam defasados. Os goleiros ainda pulam antes dos chutes adversários e numa velocidade irreal - é difícil "mergulhar" na partida nesses momentos. O mesmo ocorre no domínio de bola dos jogadores, que muitas vezes perdem o controle da redonda sem motivo aparente. A essa altura não há como dizer que isso é só uma diferenciação entre a habilidade de cada atleta, pois a demo disponível na feira só permitia jogar com Bayern de Munique e Juventus. Por outro lado, com os pouco mais de 30 jogadores testados fica claro que o ataque terá uma vantagem considerável frente aos defensores. A ordem, finalmente, é jogar para frente.
A parte visual de Pro Evolution Soccer sempre foi um de seus pontos fortes e continuará assim. Com a nova geração de consoles a Konami levou seu fotorrealismo a um outro nível. Tévez tem cicatrizes minimamente detalhadas, o corte de cabelo de Vidal é super definido e até a careca de Robben tem seus promenores bem representados. O gramado não possui grande diferença, mas os estádios estão mais definidos e a torcida um pouco mais viva. Não foi possível testar mudanças climáticas, mas se o padrão for mantido, coisa boa pode aparecer.
PES 2015 é mais parecido com os Winning Eleven de anos atrás do que os últimos títulos da franquia. E por mais esperança que a demonstração dê, é difícil não lembrar do desempenho mediano das versões de 2013 e 2014. A opção de buscar referências próprias no passado, porém, dá um alento aos fãs da série, afinal, melhor se manter fiel a identdade do que só tentar reproduzir o que faz sucesso.

fonte : Omelete

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