Ô palavrinha complicada essa tal de “criatividade”, né? Muito exigida em várias ocasiões, especialmente da vida profissional, ela é um talento, um dom ou algo que você pode trabalhar e evoluir? Em sua palestra “Desmistificando a Criatividade” na edição deste ano da Nordic Game Conference, Fawzi Mesmar, que atua como diretor criativo do aguardado Beyond Good & Evil 2 desde outubro de 2024 na Ubisoft, falou sobre o tema de maneira bem interessante.
Conforme reportado pelo GamesIndustry.biz, Mesmar utilizou alguns exemplos simples, como o caso de um amigo que teve a brilhante de ideia de fazer um jogo sobre Round 6, série super bem sucedida da Netflix, e quando foi ver, já existiam dezenas de projetos assim, para explicar como há alguns padrões que podem ajudar na criatividade. Seja na indústria gamer, seja na vida.
Mesmar compartilhou uma fórmula própria para medir o nível de originalidade de uma ideia — e como entender sua origem pode ser o primeiro passo rumo à verdadeira inovação. Segundo ele, a pergunta-chave é simples: “Como você teve essa ideia?” A resposta, no entanto, exige autoconhecimento. É necessário dissecar quais partes da ideia vieram de vivências pessoais, contexto cultural ou visões únicas de mundo, e quais são frutos de influências compartilhadas — como referências de mídia e cultura.
Diretor da Ubisoft fala em Sobriedade Criativa
Esse processo, que Mesmar batizou de “Sobriedade Criativa”, é tema central de seu novo livro, Demystifying Creativity, que reúne anos de observações enquanto desenvolvedor e professor de game design: “Já vi ideias surgirem com tanto entusiasmo que alguns queriam largar o emprego no dia seguinte para realizá-las. Mas, às vezes, era a terceira vez na semana que eu ouvia aquela mesma ideia”, comentou.
Isso o levou a investigar mais a fundo: seria coincidência ou existiria um padrão cognitivo que rege nossa criatividade? A busca por respostas transformou-se em obsessão. Ele começou a conduzir experimentos, estudar o tema e testar hipóteses com alunos e equipes. A partir dessas experiências nasceu o livro, onde defende que compreender como pensamos pode nos ajudar a chegar mais perto da originalidade verdadeira.
Bacana, não é? Como será que funciona a mente criativa de alguns dos grandes nomes da indústria dos games? Eis um baita assunto para se debruçar e estudar.
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