A Capcom voltou a se pronunciar sobre a polêmica decisão de cobrar pelo acesso às transmissões ao vivo dos torneios de Street Fighter. E, para quem esperava uma mudança de direção, a empresa basicamente reforçou o que já havia sido dito antes: o pay-per-view vai acontecer, sim, e os preços ainda estão sendo definidos.
Tudo começou com o anúncio de que os fãs que quiserem assistir à final da Capcom Cup 12 e do Street Fighter League: World Championship 2025 terão que pagar cerca de 6.000 ienes (aproximadamente R$ 211) por um pacote com os dois eventos. A notícia não foi bem recebida pela comunidade, gerando críticas em redes sociais e questionamentos sobre a acessibilidade da cena competitiva.
Diante da repercussão, a Capcom chegou a afirmar que revisaria os valores, mas agora, em um novo comunicado, deixou claro que o sistema de cobrança segue nos planos. Segundo a empresa, a decisão tem como objetivo sustentar o crescimento dos torneios a longo prazo, com reinvestimento em jogadores, equipes, parceiros e outras áreas do ecossistema de eSports.
A companhia também reconheceu as reações negativas, dizendo que está ouvindo os feedbacks e conversando com as partes envolvidas, o que tem atrasado o anúncio final dos preços. Apesar disso, o cronograma para início das vendas foi mantido: os ingressos pay-per-view para o Street Fighter League: Pro-JP Playoffs & Grand Finals começam a ser vendidos no dia 12 de novembro.
Um detalhe curioso nessa história é que até membros da própria equipe de desenvolvimento de Street Fighter 6 disseram ter sido pegos de surpresa pela decisão. O diretor Takayuki Nakayama contou que ele e o produtor Shuhei Matsumoto só souberam da cobrança enquanto estavam na Tokyo Game Show, onde o anúncio foi feito. A declaração levantou ainda mais dúvidas sobre o alinhamento interno da Capcom em relação ao eSports.
Para a Capcom, essa é uma jogada estratégica para fortalecer o setor competitivo, mas a forma como tudo foi comunicado acabou gerando ruído e preocupação. A expectativa agora fica para o anúncio oficial dos valores, que deve acontecer “assim que os preparativos estiverem prontos”, segundo a empresa.
Até lá, a comunidade segue em alerta e dividida entre apoiar a cena profissional e questionar o modelo de cobrança para algo que, historicamente, sempre foi gratuito.
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