A situação interna na Rockstar North ganhou um novo capítulo nesta semana. Um grupo de 220 funcionários do estúdio entregou uma carta à diretoria pedindo a reintegração imediata de 31 colegas demitidos recentemente, em um caso que vem gerando preocupação entre trabalhadores da indústria.
As demissões aconteceram no início do mês em escritórios do Reino Unido e do Canadá. A empresa justificou as dispensas alegando “má conduta grave”, afirmando que os funcionários teriam compartilhado informações confidenciais em um fórum público que incluía pessoas de fora da Rockstar.
O sindicato IWGB contesta a versão. Segundo a entidade, os demitidos participavam de um canal no Discord ligado ao Game Workers Union, eram membros ou estavam envolvidos na organização de um movimento sindical dentro da empresa, e teriam sido dispensados justamente por isso. O sindicato chegou a abrir uma ação legal acusando a Rockstar de “vitimização” e demissão coletiva relacionada a atividades sindicais.
Com o caso repercutindo, a carta assinada pelos 220 trabalhadores afirma que a demissão dos 31 colegas foi injusta e pede que todos retornem aos seus cargos. Um ex-funcionário, identificado apenas como “Peter” para preservar sua identidade, disse que o apoio dos colegas o emocionou e acusou a empresa de praticar repressão sindical de forma “descarada”.
O IWGB reforçou a crítica, comparando a postura da Rockstar à de grandes empresas conhecidas por enfrentar sindicatos, e chamou atenção para os mais de £440 milhões em incentivos fiscais que o estúdio recebe no Reino Unido.
A Rockstar mantém sua posição de que as demissões foram motivadas exclusivamente por quebra de políticas internas e que não têm relação com sindicalização ou qualquer tipo de organização trabalhista.
Enquanto o impasse continua, protestos estão organizados para acontecer hoje em frente a escritórios da Take-Two em Londres e Paris, além de uma manifestação marcada para 18 de novembro na sede da Rockstar North, em Edimburgo.
Fonte: VGC
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