“Se comprar um jogo não significa ser dono, então piratear não é roubo”, diz criador de Minecraft

 




Nos últimos anos, a discussão sobre a preservação de jogos tem ganhado força, especialmente diante de casos em que empresas encerram o suporte de seus títulos, tornando-os injogáveis. Esse cenário deu origem à campanha Stop Killing Games. Uma das principais empresas criticadas é a Ubisoft, que desativou o acesso ao primeiro The Crew e declarou que os jogadores precisam se acostumar com a ideia de não serem donos dos jogos que compram.

Agora, Markus Persson — conhecido como Notch, criador de Minecraft — se manifestou sobre a polêmica. Em um comentário nas redes sociais, o desenvolvedor afirmou:  “Se comprar um jogo não é uma aquisição, então pirateá-lo não é roubo.”

Ao ser questionado sobre como as empresas poderiam arcar com os custos de manter servidores ativos indefinidamente, mesmo com poucos jogadores, Notch defendeu um modelo antigo: o de servidores hospedados pela própria comunidade.


“Não, queremos que eles parem de usar os servidores. Deixe que hospedem seus próprios servidores. Era assim que TODOS os jogos costumavam funcionar antes.”

A polêmica voltou a esquentar nesta semana, quando jogadores descobriram um trecho no Contrato de Licença de Usuário da Ubisoft afirmando que, quando a licença de um jogo expira, o usuário teria a obrigação legal de “destruir todas as cópias do produto em sua posse”.

Em resposta, a Ubisoft declarou que essa cláusula não é nova, estando presente há mais de dez anos. A empresa também reconheceu que o texto pode ser excessivamente rígido e afirmou estar revisando o contrato para garantir que ele “reflita as expectativas dos jogadores”.

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